Sandra. 28 anos. Escrevo poesia desde os 13. Sou uma apaixonada pelas artes, pela cultura, pela educação, pelo desenvolvimento pessoal e pela espiritualidade. Desde 2018 que se deu um clique maior na minha vida, estando a passar por um despertar espiritual que se intensificou desde 2020 até esta parte. A espiritualidade escancarou-me e revirou-me de todas as formas e feitios e tive de, finalmente, me enfrentar. Tem sido uma jornada alucinante no sentido de questionar a minha própria existência e continuidade neste plano terreno. Foi-me colocada a seguinte questão: - Queres viver ou Queres morrer? Percebi que sempre tive mais habilidade para "morrer" do que para "viver". Simplificando: a minha natureza mais artística, aérea, abstrata, poética sempre prevaleceu mais que a concreta e pragmática, portanto, a pandemia veio chamar-me à atenção para esse meu lado mais terreno e corpóreo e, consequentemente, convidou-me a um maior enraizamento em mim, no meu corpo, nesta casa a que chamamos "Planeta Terra".
Tem sido bem desafiante ver-me confrontada com o meu mundo interior (o mundo exterior só reflete o interior, aprendi). Aprendi a não me identificar com os meus pensamentos, sentimentos, palavras e ações precipitadas. Tudo faz parte de um grande emaranhado da teia coletiva que, individualmente, traduzimos consoante o nosso mundo interior. Estou a aprender a lidar com o ego, a amá-lo sem qualquer apego ou expectativa. Assim como estou a aprender a amar-me incondicionalmente. Pois bem, estou a aprender a ser Humana.
E, sim, entre viver ou morrer, escolho diariamente aceder à Vida Eterna - porque sou um ser multidimensional, em que o tempo e o espaço são só uma fórmula matemática relativa para pôr ordem na poesia (ou magia) da Vida.
No fim das contas, e na eternidade das coisas, Somos-um-Só.
S.S
*Fotografia tirada no Beco do Batman, São Paulo, Brasil, dezembro 2022. ©Gabriel Oliveira.